
Encomendado pela Câmara Municipal de Évora, liderada pelo Partido Comunista, após a experiência que Siza tinha tido no SAAL (com a Bouça e São Vítor no Porto), o projeto foi desenvolvido num terreno expropriado a grandes latifundiários fora dos muros de Évora. O projeto, para cerca de 12.000 habitantes, visava providenciar habitação a populações de diferentes locais degradados, incluindo aqueles que viviam em barracas e tendas no local, tendo levado mais de duas décadas para ser concluído. A equipa de Siza usou uma metodologia de projeto participativo, e um desenho modular muito sofisticado significa que existem 33 subtipos de habitações vindos de uma única matriz. O aqueduto técnico que contém as ligações infraestruturais visa igualmente “costurar” as diferentes partes do bairro e funciona como a sua imagem iconográfica. Entre o tipo de conflitos gerados pelas reconfigurações sociais que aconteceram entre a época do seu desenho e o presente estão, por exemplo, as dificuldades relacionadas com o estacionamento de automóveis nas ruas estreitas ou a relação tensa com a população cigana que habita no topo do bairro exemplifica outro tipo de conflitos. A Malagueira encontra-se em processo de candidatura a Património Mundial.









































